Suspeito de esquartejar companheira em Porto Alegre vai a júri por feminicídio e outros sete crimes

Suspeito de esquartejar companheira em Porto Alegre vai a júri por feminicídio e outros sete crimes

Foto: Polícia Civil (Divulgação)

A Justiça gaúcha aceitou, na segunda-feira (3), a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) contra Ricardo Jardim, 66 anos, suspeito de matar e esquartejar a namorada, Brasília Costa, 65 anos, em Porto Alegre. A decisão é da juíza Cristiane Busatto Zardo, da 4ª Vara do Júri da Comarca da Capital.

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De acordo com o MPRS, o publicitário responderá por oito crimes: feminicídio envolvendo violência doméstica, qualificado pela idade da vítima e pelo recurso que dificultou a defesa; vilipêndio e ocultação de cadáver; falsa identidade; falsificação e uso de documentos falsos; invasão de dispositivo informático; e furto.

Segundo as investigações, após o homicídio, Jardim desmembrou o corpo da vítima e ocultou as partes em diferentes locais da cidade, usando documentos falsos e o celular de Brasília para simular que ela ainda estava viva. Os restos mortais foram localizados em diferentes pontos de Porto Alegre: os membros, na Rua Fagundes Varela, no Bairro Santo Antônio; as pernas, em áreas próximas ao Guaíba; e o torso, dentro de uma mala no guarda-volumes da Estação Rodoviária. A cabeça da vítima ainda não foi encontrada. O exame de DNA confirmou que os fragmentos pertenciam à mesma pessoa.

Conhecida por amigos e familiares como Bia, Brasília morava em uma pensão na zona norte da Capital, onde também residia o acusado. O caso, que ficou conhecido inicialmente como o “caso da mala”, passou a ser chamado pelo Ministério Público de “Caso Bia”, em referência à vítima.

Durante coletiva de imprensa realizada na segunda-feira (3), o procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, afirmou que o crime “chocou pela crueldade e pelas circunstâncias em que ocorreu”, e destacou que o vazamento de depoimentos do processo está sendo investigado. A promotora Luciana Casarotto, titular da ação, reforçou que “não se trata de uma mala, mas de uma mulher de 65 anos, covardemente morta”.

A promotora Luciane Wingert lembrou ainda que Ricardo Jardim já havia sido condenado pela morte da própria mãe, em 2015, quando concretou o corpo em um armário em um apartamento na Capital. Em caso de nova condenação, a reincidência específica poderá aumentar a pena e dificultar a progressão de regime.

Jardim está preso preventivamente desde o dia 4 de setembro deste ano.

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